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Este é um tema analisado à luz da Espiritualidade, da Teoria Sistémica e das Constelações Familiares.
Em todos os sistemas, sejam famílias, empresas, relações (amorosas ou de amizade), escolas, instituições, podem existir elementos que se comportam de forma a excluirem, dominarem ou exercerem autoridade sobre o restante sistema. A sua intenção é manter o funcionamento e o domínio do sistema de forma a não existirem mudanças. Gosto de chamar-lhes a “realeza” do sistema. Só para entendermos o papel que assumem e como esse papel é desajustado a sistemas que se querem hierárquicos mas equilibrados, democráticos e modernos.
As qualidades, assumidas pela “Realeza” dos sistemas são: superioridade, moralismo, “gozo”, sarcasmo, autoritarismo, impaciência quando os outros falam, entre outras manifestações. Por vezes são subtis e usam um quase sentido de humor para conseguirem o que querem: dominar, doutrinar e controlar a filosofia da família.
São inconscientemente motivados por inseguranças, ciúme ou inveja não assumidos, e, agarrados a convenções e preconceitos sobre o restante sistema, baseiam-se num conhecimento dos outros elementos que é muito superficial ou baseado no passado, por isso desatualizado.
Esta “realeza” aconselha, influencia, está presente e infere na vida do sistema ao qual pertence, sem nunca se colocar no papel inverso, de ser aconselhado, de permitir aos outros serem quem são e não como “deveriam ser”. A “realeza” não quer atualizar-se nem realmente praticar o dever de qualquer elemento que pertence a um sistema: incluir, unir, EVOLUIR.
Estes elementos pode ser de qualquer idade e “antiguidade” no sistema, e recorrem normalmente a manipulação emocional, que pode ser extremamente subtil, como se nem se importassem, ou completamente õbvia, sob a forma de chantagem emocional evidente e ameaças de exclusão caso a sua vontade não seja respeitada. E essa vontade existe precisamente para ser desafiada, posta em causa. Veremos adiante como.
Tipicamente estes elementos “realeza” comportam-se como o centro gravitacional do sistema, como se agissem sempre para o bem. Se o restante sistema não estiver atento, é levado a crer que precisa adaptar-se completamente ao que se pode também chamar de tirania do sangue, e de facto a agir de acordo com essas manipulações e tradições impostas pelo sistema familiar.
A “realeza” critica, julga, opina e os restantes tendem a aceitar e, sobretudo, a nunca contraria ou conseguir o empoderamento necessário para mudar esta situação manifestando justamente que a “realeza” está a ir longe de mais.
Até aparecer algum ou vários elementos rebelde e diferentes do sistema, com a função consciente ou inconsciente de regular, curar e renovar o sistema através de algo muito simples: viver uma vida de acordo com a sua consciência e não de acordo com a moral familiar.
Já todos vimos acontecer: na escola por onde passamos, na empresa, na família, no país onde vivemos.
São colegas de trabalho, primos, tios, chefes, professores, companheiros de vida e até filhos ou amigos…
A questão é: a “realeza” não faz sentido e bloqueia os sistemas perpetuando o antigo e o desamor (até nas escolas e empresas isto fará sentido ser visto).
Porque num sistema pode existir hierarquia e respeito mas não se justifica a superioridade e o uso desregulado de um poder.
Um sistema deve ser democrático, igualitário e também um lugar de amor e inclusão pela aprendizagem e renovação que traz a geração nova.
Quem assume papéis de “realeza” (e estes papéis podem ir tão longe quanto gerações e gerações ou anos e anos numa empresa ou escola) acaba por se auto-sabotar de forma subtil e lenta, e começa a revelar desequilíbrios na sua própria vida ou corpo.
Se existe hierarquia e ela não vai revelando amor, inclusão e aprendizagem, é porque o sistema está desequilibrado, esconde temas importantes não assumidos. O sistema não se atualizou, não evoluiu, fechou. E com ele todos os elementos se afundam.
Parece fatalista mas é isto que se verifica e se perpetua. É isto que trabalha a Constelação Familiar Sistémica, e este artigo baseia-se nesse conhecimento e também na minha prática em sessões individuais com clientes de Mentoria.
Cabe a cada elemento consciente se demarcar de uma situação como esta. Há que abrir estrada para a criação de novos espaços no sistema.
Posso estar a falar da tua família, do teu emprego (empresa), do teu relacionamento ou grupo de amigos.
Para ajudares o teu sistema a purgar as manifestações da “realeza”, podes refletir nestas sugestões:
1.º IDENTIFICA – verifica se está a acontecer num dos sistemas de que fazes parte e se for o caso identifica a “realeza” (para ti mesmo(a), não precisas de comunicar ao mundo)
2.º POSICIONA-TE – escolhe novas atitudes perante esta “realeza”, que não passam por conflito, apesar de por vezes ser difícil gerir emoções nestes casos em que estamos a falar de relação com pessoas (sejam de que âmbito forem). Muitas vezes há laços de anos, de gerações, de sangue, de lealdade. Mas não confundas nunca antiguidade de relação ou hierarquia com autoridade sobre ti. Dependendo da gravidade da situação, pode ser necessário o afastamento temporário (há quem não consiga senão sair da empresa, mudar de escola, etc, mas deve tentar resolver o que está diante de si sair apenas se não há outra alternativa), ir buscar novas inspirações em outras pessoas (que representem padrões novos), aprendizagens (cursos), experiências novas que te coloquem noutras esferas de independência emocional.
3.º SÊ A MUDANÇA QUE QUERES VER – a “realeza” não vai acordar um belo dia e decidir mudar. Tens de ser tu a mudar e a agir como sabes ser mais acertado. Adequa o teu comportamento, não te escondas e faz a tua parte.
4.º SÊ COERENTE – com as tomadas de consciência que tiveste com este exercício, não contribuas para a “realeza”, contribui para que haja um novo equilíbrio no sistema ao qual pertences.
5.º INCLUI – incluir é aceitar os desvios que existem e nunca excluir os que provocam esses desvios, a não ser que seja a opção deles afastarem-se. Isto implica um trabalho quase terapêutico e entender qual a mensagem e lição que está ali.
6.º PROCURA AJUDA – há já várias formações e terapias que abordam estes temas da psicologia sistémica. Procura aprender mais sobre isto e se tiveres essa possibilidade, coloca estas informação à disposição de quem queira, no teu sistema, ajudar na cura.
Pensa nisto e, se te faz sentido, aplica-o. Estás desta forma a atrair relacionamentos (pessoais ou profissionais) em geral mais limpos, equilibrados e respeitosos.
O objetivo de um sistema é dar bom contributo para os seus elementos (todos), harmonizar e EVOLUIR,
Grata
Joana Amoêdo Leite
No PROGRAMA EVOLUIR APROFUNDAMOS ESTE E OUTROS TEMAS ESSENCIAIS e aplicamos técnicas para identificares bloqueios e encontrares a verdadeira essência da tua vida.