Nos Passos de Capricórnio

CAPRICÓRNIO – signo solar dos nascidos aproximadamente entre 22 de dezembro e 20 de janeiro (a verificação da hora de nascimento é de enorme importância para percebermos exatamente em que grau se encontra o Sol); signo regido pelo planeta Saturno, modo cardinal, elemento Terra.

Nota prévia para o leitor – este texto pretende ser uma informação sobre os pontos que caracterizam o signo de Capricórnio e não substitui (de todo) uma consulta de Astrologia – todas as pessoas possuem o seu mapa natal baseado no dia, mês, ano, local e hora exata de nascimento e todo um contexto de vida; os signos solares e suas características não definem por si só quem somos.

O que é um Capricórnio?

Juan Cirlot, especialista em Simbologia, relembra-nos que a figura do Capricórnio contém uma duplicidade: corpo de cabra e cauda de peixe – a polaridade entre o cimo das serras e o abismo das águas. Um ser capaz de vir desde o mais invisível nível de desenvolvimento até ascender às alturas.

Um enorme radicalismo pode transparecer nas suas atitudes e nas palavras, um pouco “bruto”, “cru” ou “sério” no trato.

Regido por Saturno, o planeta da responsabilidade, Capricórnio deixa marcas por onde passa, marcas que relembram os demais que a vida não é apenas festa e descanso, há que definir objetivos, encarar a realidade e arregaçar as mangas.

O esforço é uma prática diária até que deixa de ser esforço e passa a ser fluxo natural, a definição de um caminho concreto de realizações e cumprimento de metas…Capricórnio ensina-nos que os obstáculos são tão reais quanto as soluções e que não há que ter receio de os enfrentar. O resultado pode mesmo ser grandioso.

A zona de conforto de Capricórnio é o pragmatismo, é aqui que ele se pode realizar mais, passando à ação. Ficar parado a lamentar-se é o tipo de comportamento que o Capricórnio não tolera e com o qual não consegue ser complacente.

Estar confortável com a ambição e encará-la como uma boa qualidade é um dos legados capricornianos que considero mais valiosos.

Quando estamos a meio de um projeto que nos cansa ou desanima, Capricórnio vem dizer-nos que não podemos parar enquanto não dermos o máximo de nós e principalmente enquanto não tivermos concluído aquilo a que nos propusemos.

Pode ser uma energia de teimosia e finca-pé porque sente que depende disso para alcançar o sucesso naquilo que for mais importante para si.

Impaciente, não aceita que se riam dele e a sua vida pode ser uma constante prova de força e de ultrapassagem de dificuldades.

Quer ser reconhecido e na esmagadora maioria das vezes faz mesmo por merecer.

É o signo por excelência da responsabilidade social e quando vivido de forma construtiva a sua perseverança pode deixar marcas na sociedade e na área a que se dedica com uma entrega absoluta.

No amor admira pessoas com qualidades terra-a-terra, práticas, que compreendam a sua necessidade de realização pessoal e que o respeitem acima de tudo.

Raramente o Capricórnio se contenta com o que conquistou: a tendência é passar à realização seguinte sem sequer pensar muito no que ficou para trás. A sistematização da acção é uma das qualidades deste signo.

Pode beneficiar imenso de:

• saber admitir os seus fracassos e perceber que fazem parte da escalada
• ser tolerante com o ritmo dos outros
• saber distinguir onde termina a simples teimosia e começa a rigidez mental

E tu, o que aprendes de melhor com Capricórnio?

Podes identificar-te com este artigo mesmo não sendo Capricórnio o teu signo solar. Será que tens Ascendente ou algum planeta posicionado nesse signo?

Desejo-te uma semana cheia de sucesso :).

Grata

Joana Amoêdo Leite

Mentora e Coach

BIBLIOGRAFIA

BAILEY, Alice. The Labours of Hercules – An Astrological Interpretation. Lucius Publishing New York, 2000 (edição original: 1974)

BURT, Kathleen. Arquétipos do Zodíaco. São Paulo, Pensamento. 1988.

CIRLOT, Juan Eduardo. Dicionário de Símbolos. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1999. (edição original: 1969).

CORNELIUS, Geoffrey. DEVEREUX, Paul. A Linguagem das Estrelas e Planetas. Lisboa, Estampa, 2004.

GRIMAL, Pierre. Dicionário da Mitologia Grega e Romana. Difel, 1999. (edição original: 1951).

RUDHYAR, Dane. A Astrologia da Transformação. São Paulo, Pensamento. 1980.

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